Gente, só pra esclarecer uma coisa.
A Alice nunca teve problemas na escola. Aliás, a definição de “problemas na escola” é algo muito subjetivo numa era que as pessoas drogam as crianças só porque elas não conseguem ficar sentadas por 5 horas prestando atenção numa aula chata (mesmo se a aula fosse muito boa, quem consegue prestar atenção ininterrupta em alguma coisa por tanto tempo? definitivamente não crianças! nem eu!)…
Não, não… a Alice sempre gostou da escola. As professoras sempre adoraram ela. Era a típica boa aluna que não dá trabalho e aprende as coisas por osmose (e por isso, também não ganhava tanta atenção).
Ela lê num nível bem adiantado pra idade dela em inglês, e também sabe ler em Espanhol e Português. Adora matemática, que ela chama de “matemágica”. Fora isso, devora livros sobre ciências, me faz milhares de perguntas sobre dinossauros, mamíferos, insetos, etc. A gente também assiste horas de documentários da BBC sobre natureza. Enfim, uma belezinha de cérebro.
Nós somos muito mais da filosofia não deixe a escola atrapalhar seus estudos, e por isso, mesmo quando estávamos com a nossa vida “corretinha” e Londres, eu achava muito saudável a gente matar uns dias de aula e ir passear num museu quando ele não estivesse totalmente lotado, ou simplesmente aproveitar os dias de sol (SOL em LONDRES! Como assim ela tem que ir pra escola???) e ir pro parque relaxar. E por causa disso, a gente recebeu cartinhas da escola falando que ela estava faltando demais…
Esse era o grande problema com a escola…

Alice lendo Charlie and the Chocolate Factory, num dia em que ela provavelmente deveria estar na escola.
Comments
Tranquei o Jornalismo para ingressar na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) no curso de Pedagogia. Estou no 6º período e espero, honestamente, que mais do que tenho recebido de instrução até o momento, agregue pareceres onde antes eu já possuia. Meu convívio com crianças é assim: estar em meio a duzentas delas traz-me paz indefinida e permanente. Minha neta de dois anos – após muita relutância dos pais (que são adeptos dos estudos em casa), frequenta atualmente uma escola cujos princípios aplicados são baseados nos pensamentos de Célestin Frenet (estimular a capacidade de criação e expressão, longe das restrições impostas pelas escolas tradicionais são traços observados na pedagogia de Freinet). Admirável a decisão de vocês, pois, mesmo que não possa ser aplicada aos desejos de todos os pais, mundo afora-mundo adentro, digna de respeito e admiração. Bons ventos os guiem, eternamente! Eva Sol
Olá Eva, Obrigada pelos votos! Nossa decisão de educar a Alice em casa também é em parte porque aqui no exterior a maioria dessas escolas super modernas que acompanham os últimos estudos sobre educação e se baseiam nos princípios de respeito as crianças, são extremamente caras. Não sou contra escola. Não acho que educar em casa é para todos. Acho que a maioria dos professores são verdadeiros heróis e fazem o que dá para ser feito da melhor maneira possível por muito amor ao aprendizado e ‘as crianças. Penso que, no momento, esse não é o nosso caminho, mas acredito que o mundo inteiro está de uma forma ou de outra caminhando para um futuro melhor para o próxima geração. Um abraço!
Sério, que vida linda que vocês dão a esta princesa. Ela será uma pessoa humana.